IRONMAN BRASIL 2013
Esse blog nasceu quando me inscrevi para participar do ironman Brasil 2013, um ano atrás. Dividi  meus treinos e minha evolução com quem quisesse acompanhar. Hoje, o post mais esperado e mais difícil de escrever! Vou tentar resumir o máximo como foi a minha estréia no Ironman sem deixar de relatar nada importante. Mas vamos lá,  vai ter que sair mais de um post sobre isso, para não matar todos de curiosidade vou começar pelo resumo da prova e depois o pré e pós prova, agradecimentos e reflexão sobre o desafio.
A PROVA
O domingo começou cedo, acordei 4h20 da manhã, 10 minutos antes do despertador. Acordei animada e a mil! Diferente dos outros anos, a pintura do número aconteceu um dia antes da prova, no domingo de manhã só tínhamos que levar as sacolas do Special needs (que fica no percurso com alguns itens que podemos precisar durante a prova) e ajustar os últimos detalhes. A transição abriu das 4h30 às 6h00. Sai dela as 5h50 e encontrei com a minha super torcida, Yana, Leo e minha mãe!
O caminho para a largada foi tenso! A tal da adrenalina tomou conta, minha mãe emocionada e o incentivo de muitos que eu cruzava no caminho para a areia! Não encontrei com ninguém na largada, afinal eram mais de 2.000 atletas, fique perdida e não sabia muito bem onde largar, a orientação do meu técnico, Maurício Letzow, foi largar em uma das extremidades. Uma estava vazia mas seria uma natação por dentro, justo para o lado que a maré estava puxando. Tentei ir na outra extremidade, impossível, com 10% de mulher na prova, era um mar de homem, todos com cara de monstros! rsrsrsrs Me posicionei umas três fileiras da faixa de largada onde tinha um espaço melhor para não largar me empurrando com ninguém. 7h. Helicóptero sobrevoando, o coração acelerado e de repente a faixa levanta e o movimento para o mar começou. Não, eu não escutei a largada! rsrsrsrs
O plano da natação era largar forte para sair da muvuca e nadar tranquilo sem muito tumulto. Fiz o tempo que eu planejei, 55’04”. No caminho para a transição escutei o nome da menina do Peru da minha categoria, Elise Portugal. Pensei: “desgraçada”. Mas eu não conhecia ela, não vi e não encontrei na transição. Sai para pedalar e estava tão focada na minha prova que nem me importei de saber onde ela estava. Sai para pedalar feliz da vida! Quando sai da torcida, me arrumei, ajustei a sapatilha e “clipei”. 38, 36km/h. Pensei, OPA, esta forte. O plano era fechar o ciclismo para 6h. A coisa que mais acontece no Ironman é o pessoal quebrar, por ter feito a primeira volta do ciclismo forte, ou o ciclismo inteiro forte e não conseguir correr depois. Mas, como eu estava me sentindo muito bem, resolvi esquecer a média e ir pela sensação. Mandei bem, mas confesso que tive medo. Passei os primeiros 90km para 2h45min mais ou menos, eu teria que passar para 3h. Mas como a sensação ainda estava boa continuei. Fato, me avisaram do vento e ele realmente apareceu na 2ª volta, mas nada de assustar, achei que seria bem pior. Consegui praticamente dobrar o tempo da primeira volta e fechei o ciclismo em 5h31m42s 🙂
Chegou a hora da última parte da prova e da tão temida maratona. Eu não fiz a prova com Garmin, fiz com um Timex que a minha irmã ganhou na clínica do Mark Allen, só para controlar o tempo para não e perder na alimentação da prova. Mas como tinha as placas de KM fui controlando. Sai para correr encaixada, mesmo com toda a subida da volta de 21km e da reta sem fim em Canasvieiras a volta deu uma média abaixo de 6/km. 🙂 Sim, eu andei em todas subidas e não via a hora de ter mais uma para andar de novo! Os postos de hidratação também, acho que só dois que eu passei correndo. Na segunda volta de 10km foi na raça porque a dor começou a dar a cara com mais intensidade. Já na última volta de 10km, era a hora da coca-cola e do bolinho, deu uma super animada, aí só fui controlando o tempo para fazer sub11h, e não é que deu? Fechei a maratona para 4h14’21” 🙂 #Adorei
Esse foi o resumo, do resumo, do resumo! Foi o dia e a prova perfeita, não poderia ter sido melhor!
Conclusão: o domingo mais divertido da minha vida. Primeiro Ironman (de muitos, com certeza), 10h49min34s, 1º lugar na categoria 18-24 anos e a conquista da tão sonhada vaga para o mundial de Ironman, que acontece no dia 12 de outubro no Hawaii!
INSANO – CONSULTA REMÉDIOS – PUMA – TRIBO ESPORTE –  HAMMERHEAD – YANA GLASER – REVISTA SPORTYARD – WOOM