O Tour de France 2020 começou nervoso!!

A etapa de estreia, com partida e chegada em Nice, tinha 156 km, percorridos num circuito que passava por ruas encravadas nos morros nos arredores de Nice. O circuito subia e descia 2 vezes o Côte de Rimiez, com 310m de altitude. As chuvas de verão modificaram a dinâmica da etapa na segunda volta, causando uma série de acidentes, com muitos ciclistas indo ao chão por mais de uma vez.

Os ciclistas chegaram a um acordo para neutralizar a descida e seguir juntos num ritmo seguro para evitar ainda mais estragos na etapa de aquecimento do Tour.

A equipe Jumbo Visma se destacou como líder do pelotão, não apenas por andar na frente do grupo mas também por buscar o consenso entre todas as equipes sobre “tirar o pé” para garantir a segurança dos atletas. A equipe Astana reclamou muito da decisão do grupo e na primeira oportunidade que teve, numa descida molhada, atacou e poucos metros depois teve que parar devido a impressionante queda do líder da equipe, o “Superman” Miguel Angel Lopez, vendo assim o pelotão organizado e consensado deixa-los para trás.

Equipe Jumbo organizando o pelotão

Apesar dos acidentes, nenhum ciclista se machucou e todos estarão alinhados amanhã para a 2ª (e montanhosa) etapa.

No sprint final quem levou a melhor foi o norueguês Alexander Kristoff, que se colocou bem no pelotão e arrancou na hora certa para garantir a vitória, com quase uma bike de vantagem, e já que estamos na primeira etapa do Tour, também a camisa amarela.

Campeão da etapa norueguês Alexander Kristoff

O campeão mundial de estrada, Med Pedersen foi o segundo a cruzar a linha de chegada.

O pelotão chegou 10 segundos depois de Kristoff. Houve ainda um acidente envolvendo muitos ciclistas, entre eles o francês Thibaut Pinot que teve um ferimento feio no ombro direito, há 2,9 km da chegada, mas como o grupo já havia cruzado a linha dos 3km para o pórtico final, o tempo de todos os envolvidos é computado com o mesmo tempo de chegada do pelotão. A regra dos 3km serve para resguardar estes ciclistas que expõe muito aos acidentes em chegadas com sprint.

Thibaut Pinot na queda pré-chegada

A etapa de amanhã é um dos pontos de inovação do Tour 2020, com duas montanhas de categoria 1 e uma de categoria 2, (entenda as categorias das montanhas aqui nesse post!) diferentemente das costumeiras primeiras semanas planas, onde será possível ver pela primeira vez quem irá bem e quem vai sofrer mais nas montanhas. Quem vacilar amanhã pode perder um tempo quase irrecuperável no restante do Tour.

Vamos às montanhas! Vive le Tour!

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