Isso mesmo. Estamos a dois meses da Mundial de Ironman. E após três anos de ter vivido esse sonho em 2013, como um presente do triathlon, me preparo para viver tudo isso novamente.
Não era um plano, nem uma meta. Esse ano não tinha viagem para o exterior prevista, acabei fazendo o Ironman Florianópolis justamente porque era mais viável financeiramente.
Mas ao mesmo tempo neste ano resolvi sair da zona de conforto. Tirei meu corpo do comodismo e busquei um a mais, um desafio a mais, uma atitude nos treinos a mais. E esse a mais me deu de presente um a mais. Viver o sonho do Mundial do Hawaii ao lado da minha irmã.
Podia ter desistido, nos 30km da maratona e não lutado pela posição. Mas como falam que o que é para ser nosso ninguém pode tirar. Tomei posse e peguei essa vaga para mim. O triathlon faz parte da minha vida, uma semente que peguei sem influência de ninguêm e plantei dentro de mim. Quando paro e penso, juro que eu não sei o que me fez com 9 anos fazer triathlon e não outro esporte ou ter continuado no ballet. Mas agradeço por Deus essa minha decisão! (mandei bem!)
Kona é um sonho para mim. Mas não é uma obsessão. E hoje, depois de passar 4 dias sem treinar por problemas de saúde, resgato a mesma motivação que tive no km 30 da maratona do ironman de Florianópolis, para me dar o gás e tentar tirar leite desses 2 meses até a prova.
É muito treino para fazer, muitas braçadas, milhares de km para melhorar o pedal e acertar o pace da corrida para dar conta de mais um Ironman fazendo com prazer e por amor por esse esporte que eu tanto gosto.
São os mesmos quilos lá de trás para perder, a rotina para engrenar. Mas a gente sempre consegue. E sim, vou para Kona de novo e um novo momento, com um novo sentido.
Vou concretizar um sonho vivido em família podendo compartilhar aquele mundo único com a minha irmã que faz parte de toda essa história.
Vamos que o tempo voa, Um simples desabafo e um fôlego para esses 30 dias que vem pela frente.
ALOHA, SISKONA!
*Foto: Rômulo Cruz