Race Report – Ironman 70.3 Alagoas 2017

A prova foi tão incrível que além do RACE REPORT em vídeo, feito no canal do youtube. Vou fazer à moda antiga também porque eu estou emocionada, anestesiada e excitada com a prova 🙂

NATAÇÃO: 

Roupa de borracha liberada. A iniciante aqui não levou e tive que ficar na correria e aflição pré-prova para conseguir uma. DEU CERTO! Graças ao meu amigo Deraldo, de Salvador, usei uma roupa de ultima hora!

A largada da mulherada foi 6h15, última largada do dia. Eu sempre largo forte, mas nessa fobia, cometi um SUPER ERRO de orientação. Natação em águas abertas, orientação é 70% da prova! (se não for mais). Pega só o erro:

Nessa bobiada (para não falar cagada) perdi o pé da Vanessa Gianini e acabei nadando sozinha. Dentro do plano da prova, nadei para 28’29” saindo em segundo lugar geral.

Fiquei com medo da água esquentar muito com a roupa, mas deu tudo certo, a roupa deu certo o tamanho e eu não fritei na água.

T1 (Transição 1 – natação > ciclismo)

Tinha os santos staffs tirando a roupa que saiu muito fácil, era só pegar o capacete e o meu Oakley, e guardar a roupa. Peguei a magrela e parti para o ciclismo. Quer dizer, tive uma mini pausa, porque AVOADA, esqueci de prender uma parte da minha bento box (bolsinha de comida na bike) e tive que prender antes de começar a pedalar. (burra)

Chega de emoções, borá pedalar…..

CICLISMO:

O percurso era 2 voltas de 45km. O dia ajudou, o vento não deu as caras e uma chuvinha até segurou o calor na segunda volta.  Os 90km passaram muito rápido, mas lógico que teve emoção. Na segunda volta, eu estava em 3º geral, e vi que duas atletas se aproximavam (Paula Ponte e Flavia Meyer) mas minha bike começou a fazer um barulho, como se o raio da roda estivesse quebrado, eu estava com medo do barulho e resolvi parar para conferir. (as meninas me passaram)

Verifiquei os raios e não vi nada, na dúvida abri o freio de trás e segui. Depois de 5′ o barulho voltou, aí mesmo pedalando, soltei o freio da frente. Depois de 5′ o barulho voltou. Quando eu freava então a bike gritava. kkk

Resolvi tocar com o barulho, a velocidade estava constante então teoricamente não estava me prejudicando. (Aham, tá) Mas a galera que passava por mim ou que eu passava me olhava com cara: “quem eh essa farrapeira, não ta ouvindo que a bike ta zoada não?”

O problema: o carbono da roda descolou. :/ No video do youtube eu mostro.

Mesmo com medo, dei sequência e terminei o percurso da bike com barulho mesmo. Fechei os 90km para 2h27’11. Aí fica aquela duvida e SE… E se… E Se… Mas o E SE não existe e foi isso aí mesmo….

T2 (Transição 2 – Bike > corrida)

Nessa não tem erro, é sair da bike, guardar o capacete, por o tênis, a viseira e sair pra correr.

Mas eu esqueci que estava sem freio na bike e quase atropelei os STAFFS da prova na área de desmonte…. eles devem ter achado que eu era mal educado. Mas não sou não viu galera?

CORRIDA:

Aiiii a corrida! 🙂

Saí para correr em 4º lugar geral, mas sai para correr zerada. Perna solta, respiração ok e olho no relógio. Pace sugerido pelo coach: entre 4´35/km 4´45/km. IMPOSSÍVEL, pensei eu. Mas na primeira volta já mudei minha cabeça em relação a isso.

Os 21km foram feitos em 3 voltas de 7km, percurso em voltas passa muito rápido, além de conseguir acompanhar tudo mundo na prova. Com 3km encostei na Paulinha, já estava em 3º geral. Quando fechei a primeira volta no pace de 4´30/35 falei vamo que dá. A primeira volta fiz toda me controlando para não me emocionar e quebrar. Estava me sentindo bem, mas sabia que qualquer excesso iria me prejudicar. A segunda volta já entrei no ritmo, ai tive que me concentrar para não deixar o pace subir, era km por km controlando, me observando e focando.

Na segunda volta ultrapassei a Flavia e assumi o 2º lugar da prova. Ai pensei: “U-AU! Esse momento não vai mais voltar e eu não posso perde-lo. Foco polaka que vai dá boa!”

A ultima volta era ir para tudo ou nada. Fui pro tudo! Mantive o pace fechando os 21km para 1h36’58”, melhor meia maratona da vida inteirinha, e até melhor dos meus sonhos! Não acreditava que tinha dado certo. Foi realmente um sonho.

Terminei a prova para 4h35’48” 

LIÇÃO DA PROVA:

As adversidades, os contratempos e as mudanças de planos fazem parte do triathlon. Está no pacote. Nós precisamos estar preparados para termos atitude na hora certa e dominar nossa cabeça. No ciclismo cheguei a desistir do meu plano inicial de TOP5 na prova, imagine se eu tivesse me entregado e ficado na zona de conforto? 

Tive um dos meus melhores resultados no triathlon, VICE-CAMPEÃ DO IRONMAN 70.3 ALAGOAS. 1º LUGAR NA CATEGORIA 25-29 ANOS, VAGA PARA O MUNDIAL DE IRONMAN 70.3 que vai acontecer em um dos lugares do Mundo que eu mais quero conhecer, na Africa do Sul. Isso tudo não tem preço, ou melhor tem. (TREINO) E vale a pena! 

 

AGRADECIMENTO:

Agradeci muito a Deus ja no meio da prova, pelo oportunidade que estou tendo esse ano de viver o triathlon ainda mais intenso na minha vida. Mas não posso deixar de agradecer quem me ajuda a viabilizar tudo isso:

Marcelo Almeida, meu patrocinador Master da temporada 2017. À BR SPICES, que esta comigo desde Floripa, e me ajudou com a logística para fazer a prova em Maceió. A GALT CAPITAL, que entrou no projeto KONA e já esta colhendo os frutos comigo e a BULA VERDDE minha farmacia querida e SAFE RUNNERS, que além da ajuda têm um carinho enorme por mim.

Aos parceiros CIA ATHLETICA Curitiba, PUMA e Estetica Los Angeles  e a Secretaria Municipal de Esporte e lazer de Curitiba que facilitam minha rotina de treinamento. OBRIGADA.

Sem vocês isso seria praticamente impossível.

COACH, Ale Balmam, que me tirou da zona de conforto e esta me mostrando uma Luca que nem eu conhecia. #medo

Familia, amigos e torcida, que me dão energia para enfrentar dificuldades e alegria para dividir as minhas conquistas.

VAMOS EM FRENTE! 

 

Gostou? Confira aqui o RACE REPOR EM VÌDEO! 

 

 

 

 

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