Race report – Maratona do Rio

Nem sei como começar a falar…. Bom o RIO. O Rio é meu amante eterno, sempre digo isso! Aquela cidade me conquista em todas as vezes que eu vou…. Mesmo pegando 3 dias de tempo feio e nublado, pegando taxistas malucos, nada tira o seu brilho!

Em um momento de crise com o meu técnico, quando eu vi que estava sem objetivo para o segundo semestre resolvemos colocar uma maratona no caminho antes do Ironman do ano. O objetivo era melhorar a corrida, manter o volume e dar frequência nos treinos. Comecei bem, mas o mês de junho foi tenso, tudo desandou, fui pega por um desânimo, mudanças na vida profissional e decisões que me corroeram….. Sei que é fácil dar desculpa, e foi o que eu fiz. Ao invés de usar os treinos ao meu favor, me enfiei em um buraco que tudo saiu do prumo. MAS, são fases, e agora tanto a Maratona já esta feita, como as coisas estão melhorando! 🙂

E foi assim que eu fui para a minha primeira maratona fora de um Ironman. Com incerteza, insegura e sabendo que não tinha feito tudo o que podia, para fazer A prova da vida… O sonho era fazer Sub 4h, mas ingenuamente nem calculei quanto seria o pace, que gafe! O meu técnico que acompanhou os treinos e me conhece melhor que eu mesma mando uma msg dizendo: Começa com 5’40/km, não estrapole esse ritmo que no final você pode fazer uma maratona negativa, ou seja o segundo 21 mais forte que o primeiro. DITO E FEITO!

Pré-prova com a Yana!!

Comecei junto com a Yana, fui controlando km por km, todos dando abaixo de 5’40 mas bem próximo, me segurava quando estrapolava e assim fui indo…. Eu e a Yana só conversávamos na hora do “lanche” rsrsr ela me cutucando para comer direito e nós nos questionando dos postos de hidratação. No km 17 minha irmã vira para mim e fala que vai parar no Hotel, no km 21. Como eu sou muito influenciável, não dei bola, vi que ela não estava se sentindo bem e se parasse seria o melhor. Nós temos bastante tempo no esporte, conhecemos pelo menos um pouco o nosso corpo. Quando começamos um treino ou uma prova já da para sentir se é o dia ou se será sofrido. No caso dela não era o dia e ela resolveu parar. Mas foi fundamental no início da minha prova, OBRIGADA SIS!

No KM 21 parei para fazer xixi! Estava adiando, adiando, mas eu já nem queria tomar água, aí vi que era a hora de parar. Minha bexiga até doeu, sai para correr mais leve! Aí começou a prova, a segunda metade da maratona e a parte da prova que contava com subidas. Ali era o teste do corpitcho!

Na subida já do túnel do Joá vi que estava inteira, já alcancei o pelotão que eu estava antes da parada no banheiro. E nas subidas passava mais gente do que era ultrapassada. Quando entrei no Leblon decidi aumentar, ai o pace já estava em 5’20/km, aí pinta a dúvida que deve passar na cabeça de vários, estou bem forço ou seguro? Afinal tinha acabado de passar no km 30, tinha chão….. mas quando vi a hora local no relógio da rua fiz as contas e vi que estava em cima do laço! Tinha chance de não dar Sub4h.

Eu continuei e fui pela sensação! Consegui terminar a prova negativa, a maratona dos sonhos de qualquer um. Pelo menos é o que dizem, e o que eu mais temia que era quebrar no km 30 não aconteceu!

Maratona vencida, trauma superado. Fechei para 3h54min37, fiquei em terceiro na minha categoria apenas 2minutos atrás da segunda! Motivação extra para continuar o caminho rumo ao Ironman da Florida. Ajustar os treinos, alimentação (fiz a maratona acima do peso, imagine se tivesse no peso ideal! 😉 ) e a rotina. Aí não tem erro, o resultado aparece.

PS.: Vou fazer um post só sobre as particularidades da prova! Esse foi só o race report, que tem ser fresco! srrs

Obrigada pela torcida e mensagens de apoio, isso ajuda e muito!

Até a próxima!

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