Em Julho, fez 10 anos que sai de Curitiba para morar 1 ano e meio no Centro Nacional de Treinamento de Triathlon (CNTT) , em Vila Velha no Espirito Santo. Com 17 anos na época, abri mão de uma das fases mais importante na vida da maioria das pessoas: VESTIBULAR.
Decidida pela minha paixão, o nadapedalacorre, me aventurei. Morei em uma casa com outras 6 meninas (incríveis) sob o comando do meu técnico na época: Luis Fernando Catta Preta Filho, o Cattinha, que me levou para lá. Foi uma fase que se eu pudesse voltar ao tempo, aproveitaria muito mais.
Morávamos em uma casa, na praia do Jucu, um balneário afastado da cidade (Vila-Velha), tínhamos cozinheira, motorista e a preocupação era que horas seria o próximo treino. Isso tudo era projeto da Confederação Brasileira de triathlon (CBTRI). Sim, não era um centro de treinamento europeu, nas devidas proporções e com muito jeitinho brasileiro, era querendo ou não uma iniciativa de desenvolver jovens atletas (junior e sub-23). Da casa que morávamos, as únicas que continuam treinando e competindo hoje em dia sou eu e a Pamella Oliveira. Ela mesmo, atleta olímpica, nosso orgulho do CNTT. Viu como deu bons frutos?
A Pri Rocha parou esse ano, mas competia profissional distância curta até pouco tempo. A Veronica, trabalha que nem doida mas continua ligada a mil no triathlon. Rebecca, virou esposa do Cattinha e hj tem dois filhos lindos e continuam na pegada do esporte, só que em BH! Tati, (não a quebra barraco), deve estar louquiando por aí. Corredora nata, acho que continua com as passadas aceleradas. Pamella, a mil, representando o Brasil e forte como sempre. A Manu, bom a Manu estou louca por notícias, se você ler, por favor me dê sinal de vida! srsrsr Era um grupo divertido, fácil convivência, junto a nós tinham as tias que se divertiam com a gente. Uma época era a cada das 7 mulheres, pensa!!!
Terminei o ensino médio (terceirão) no COC, em Vila Velha, de lá prestei vestibular apenas na faculdade que a CBTRI já tinha convênio, UVV. Indo contra o fluxo de todos que cursavam educação física, optei pela administração, pelo simples fato de não saber o que fazer e ter um certo preconceito com educação física, na época. #confesso
Erros de processo, a CBTRI perdeu a data de matricula e a turma de ADM lotou. Foi aí minha paixão a primeira vista pelo Marketing. Um agradecimento especial ao Carlinhos Froes, presidente da CBTRI na época que me aconselhou para tal. #grata
Faculdade, treino, roupa lavada e comida na mesa. Não podíamos reclamar. Mas faltava elos, entre Técnico, administração e atletas. E nesse tempo o projeto ideal foi se perdendo, as pessoas perderam o brilho no ar e começamos a ver o fim.
Em 2018 era eu e a Pamella morando em uma quarto de pousada, sem cozinha. Ligava para minha mãe para saber como fazer comida no microondas. Não deu muito tempo, chegou a minha hora de voltar para casa.
Enquanto minhas amigas fizeram intercâmbio para fora do Brasil, eu tenho orgulho de falar que morei em um Centro de Treinamento, em uma praia isolada, fazendo o que eu mais gosto. Foi um step da minha vida que eu levo comigo sempre, lógico, principalmente as pessoas.
Fazia tempo que queria escrever sobre o CNTT, e como agora era época que a gente ia se reunir e passar um final de semana juntas de novo. Fiz o post. Mas o encontro ainda tem que sair!