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Excesso de peso ou excesso de desculpas? Engordei 10kg na pandemia - Luca Glaser - Um blog sobre triathlon

Excesso de peso ou excesso de desculpas? Engordei 10kg na pandemia

Acabei perdendo tudo o que eu tinha escrito neste post, parece até quando começamos a fazer dieta e aparece um doce em casa. Quando chutamos o balde, uma hora vamos ter que ir lá pega-lo. (Vou escrever tudo de novo, mas vamos lá!)

Nesse contexto eu estou indo lá pegar meu balde, que olhe, foi parar longe! Se cada kg virasse um km, estaria 10km daqui. Hoje, voltando a correr não é tá fácil e 10km é um longão de corrida.

Mas a ideia é pensar sempre em metro por metro, degrau por degrau, assim nós vamos construindo novos hábitos e efetivando mudanças de rotina, habito alimentar e treinos!

A quarentena aqui em casa começou no dia 18 de março, no dia 15 fiz minha última prova de triathlon (sesc triathlon caioba, veja como foi). Estava ótima, melhor peso pós Maya (64kg), me sentindo plena, comendo bem, curada de qualquer compulsão, além da Maya estar na escola, a rotina da casa estar 100% e o trabalho ok!

E de repente PAH, pandemia, coronavirus, quarentena, escolas fechadas, acumulo de tarefa…

Eu não soube lidar, me entreguei. O primeiro mês não fiz NADA DE TREINO, tudo era motivo de “é quarentena”, tudo liberado. Fui trabalhando a psicologia de “esta tudo bem”,

Está tudo bem, engordar;
Está tudo bem, não dar conta de tudo;
Está tudo bem, não treinar;
Está tudo bem, deixar a Maya com celular;

E nessa fui me permitindo e jogando o balde cada vez mais longe. Meu conforto foi a comida, que sempre foi a minha fuga, já tive diversos “problemas”, de bulimia a compulsão extrema tratada com psicologa. E assim, cheguei a ver na balança 73,8kg. O pico da curva da MINHA gordice. Com o COVID ou a curva se estabiliza lá no alto ou ela logo cai, e eu decidi que ela precisa cair. Porque para mim já não estava tudo bem.

Minha autoestima tá lá embaixo, não gosto de me ver no espelho, já não me sinto mais a vontade dentro de mim, se é que vocês me entendem. Resolvi falar e expor números, porque isso sempre foi um tabu. Para mim pesar acima de 60kg era uma vergonha, mas eu só pesei abaixo disso (58kg) quando tive um quadro forte de bulimia. Ou seja, não estava saudável, em 2009/2010.

Tive que chegar nos 30 anos para amadurecer, de fato me conhecer e saber o que é bom para mim. Minha meta não é mais insana de baixar dos 60kg, quero voltar aos 64kg que foi um peso saudável e que bem fez bem. E o mais importante me deu um relacionamento bacana com a comida, que eu acabei perdendo por casa de desculpas da pandemia.

Não me julgo, achei necessário, foi um fase. E como todas as fases, PASSA!

No final de abril, fiz minha conta pessoal no Zwift e me animei de volta aos treinos indoor, virei noia dos pedais virtuais mas seguia comendo. Nesse tempo todo acho que corri 4x, sempre dando uma desculpa. E agora quero voltar.

Quero voltar a me sentir bem, a gostar de mim, a treinar com prazer e resgatar a Luca na sua essência. Porque é quando estamos bem com nós mesmos que as coisas acontecem. Então, ativei a dieta que a minha (irmã) nutri me passou há um mês! Estou colocando rotina de treinos e o mais importante, mudando o hábito alimentar.

A minha mudança alimentar muda a minha casa, minha filha tem 2 anos, o que eu como ela quer comer, ou seja, foi batata frita, bolo de chocolate (boio ati) e tudo de besteira… Hoje ela comeu o brocolis com tanto gosto que fiquei orgulhosa.

Nós estando bem, reflete nas pessoas ao nosso redor, E VICE VERSA!

Então pronto, EU DECIDI MUDAR. E não adiante consulta na nutri, dieta, medico, até remédio se nós não DECIDIRMOS.

DECIDA por um caminho que te faça bem. Se você ainda esta na fase “esta tudo bem” viva ela, porque daqui a pouco ela vai passar. Mas esteja bem. E se você DECIDIR que precisa de mudança, AJA! porque ninguém faz isso por nós a cada dia nosso balda vai estar mais longe! #ficaadica

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Excesso de peso ou excesso de desculpas? Engordei 10kg na pandemia.

Eu vou me declarar, e para isso não preciso que ninguém me julgue. Estou fazendo essa “carta aberta” justamente para ME tratar, ME reencontrar e ME aceitar. Faço isso porque sei que nao sou a única, sei que como eu muitos sofrem calados e não tem com quem conversar, com quem se identificar, afinal só vemos gente feliz, magra e SUPER PRODUTIVA esbanjando vida e disposição em meio a pandemia.

A quarentena aqui em casa começou no dia 18 de março, dois dias depois da minha última prova de triathlon o Sesc triathlon Caiobá. Nesta data era a primeira vez que estava feliz com o meu corpo, com uma alimentação regrada um rotina organizada e tudo fluindo na minha vida (trabalho, família, etc) E estava com o peso bacana, 64kg. (vou por números para vocês terem noção real das coisas!) Veja bem, 64kg, com os meus 1,67m de altura é um peso que me deixa feliz e fico esteticamente magra (na minha opinião)

Se falarmos de mulher, 64kg já é considerado um peso “alto” mas é o meu peso que me deixa bem e eu tinha aceitado isso. Para eu pesar na faixa dos 50 eu acho que já não fico saudável, pesei 58kg quando tive um quadro grave de bulimia (podemos falar sobre isso em outra ocasião). E como diz a frase mais sábia do mundo: “você não é todo mundo”. Vocês também já sentiram vergonha de falar o peso só porque não é abaixo de 60kg?

Bom, voltando a pandemia, com Maya 100% em casa, sem ajuda (a Noeli que me ajuda aqui em casa vinha 3x na semana!) , e, graças a deus, o trabalho continuou com fluxo normal. Eu me vi louca tendo que equilibrar tudo. Me entreguei fiquei um mês sem fazer NENHUMA ATIVIDADE FÍSICA. A comida aqui em casa virou nossa alegria, nosso conforto. E assim fomos, rodizio de pizza, hambúrguer, bolos e confy food! Conhecem? qualquer guloseima e comida cheia de caloria que nos acalenta (por um breve período de tempo :/)

No começo os surtos eram ainda mais intensos e para onde eu corria? Para a comida! Nesse meio tempo a galera batendo recordes de treino indoor e eu me achando a pior pessoa do mundo. Até que depois fui entender que cada um recorre a um escape, para alguns é comida, para outros compra online, para outros treinos, e sempre tem algo para nos consolar.

Para encurtar a história semana passada cheguei a pesar 73,8kg na balança, aí eu entrei em choque. 10kg em 4 meses. Eu fico comparando, é o peso do Rodrigo (quando ele esta bem porque ele engordou comigo), é o peso que a minha irmã está com 9 meses de gravidez! É quase o peso que eu tive a Maya, gravida eu cheguei a pesar 80kg.

Aí lógico no dia que eu vi isso queria fazer 3 dias de jejum, comer alface e tomar chá o dia inteiro. Adivinhem o que eu fiz? Varias despedidas… “Só mais hoje que amanhã eu começo!” E assim foi mais uma semana! Aí nessa a gente entra numa bola de neve, porque a autoestima está la embaixo o que a gente faz? come para se consolar e sair dessa inércia é MUITO DIFÍCIL! Mas posso contar uma coisa? a única pessoa que pode mudar isso somos nós mesmas!

Podemos ir em médico, nutricionista, mas se a gente não virar a chave não ter DETERMINAÇÃO e o mais importante QUERER, a bola de neve só vai aumentar. Fazem 2 meses que a minha irmã me mandou uma dieta para essa rotina de pandemia e pq eu já estava acima do peso, eu peguei nela essa semana! Nós temos que criar nossos gatilhos mentais, nossas estratégias e INSISTIR, pq infelizmente o resultado não aparece de um dia para o outro. É tempo, mas um dia de mudança já faz diferença. um dia de treino feito, já faz diferença.

O ritmo do mundo está diferente, cada família tem uma dificuldade nessa situação, muito difícil vermos gente 100% feliz e que não foram afetadas, principalmente psicologicamente. Por isso que temos ter paciência, o AUTO CONHECIMENTO é fundamental para saber onde apertar e quando afrouxar a linha com nós mesmos. E o momento é oportuno para isso, para nos conhecermos, para nos tornarmos melhores, para refletirmos para o que de fato nos faz bem.

No começo da pandemia eu levantei a bandeira do “ESTA TUDO BEM”, esta tudo bem engordar, esta tudo bem não treinar, está tudo bem não dar conta de tudo. Mas para mim o ponto do peso chegou ao limite e agora eu preciso mudar para eu me aceitar, para eu ficar bem, para eu me reencontrar.

Sigo em busca dessa linha tênue de equilíbrio, de ‘esta tudo bem” comer um hambúrguer mas não precisa comer o mundo junto. “esta tudo bem’ não treinar hoje, mas não é por isso que vou emendar dias sem treinar, se não deu hoje amanhã será a prioridade.

E é assim que eu estou me conhecendo e vivendo esses dias. Assim como o covid, estou no pico agora o foco é baixar a curva….

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Desde 2012 divido minhas experiências como atleta, triatleta, mãe e especialista em marketing! Aqui você encontra dicas para começar a praticar triathlon e um pouco do meu mundo movido ao esporte! Seja bem vindo!

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