Clínica com Ezequiel Morales
Este final de semana aconteceu a clínica com o atual campeão do Ironman Brasil, Ezequiel Morales. A clínica foi realização da Webtreino Assessoria Esportiva com apoio de algumas marcas. Foram três dias de evento, vou tentar resumir um pouco do conhecimento, informação e experiência que o Ezequiel dividiu com a gente!
PALESTRA:
A palestra aconteceu na sexta-feira e era aberta ao público, não precisava necessariamente participar da clínica.
O Ezequiel dividiu toda a sua história, o início no triathlon, o Ironman e toda a dificuldade que um atleta profissional enfrenta. Decisões no percurso, como onde morar, com qual técnico treinar também aparecem. Mas o mais importante é você ter o foco. Fazer o seu treino pensando no seu objetivo. Todo treino tem que ser levado a sério e ser bem feito.
Ele já fez vários Irons, e se eu não me engano foi na sua 9ª participação do Ironman Brasil que ele conseguiu o tão sonhado título (2012). A cada prova você conhece um erro, e a cada prova você tende a melhorar. Mas cada prova é uma prova, e imprevistos podem acontecer. Ele já quebrou em um Iron a ponto de desistir, mas foi uma prova utilizada para o próximo ano!
Achei a palestra incrível, você escutar o exemplo de atletas profissionais agrega muito. Eu aconselho todos a participarem de eventos como estes. Caso nem um evento em vista, tem um monte de livros que vocês podem conhecer várias histórias! #Ficaadica
NATAÇÃO:
Fizemos um treino sábado às 13h45 na academia Carpe Diem.
Principais dicas/técnicas levantadas pelo Ezequiel:
- Respiração R3/ R7: ele enfatizou muito a importância de fazer respiração alternada, principalmente para o dia da prova, onde você deve estar preparado para dar várias braçadas para sair do tumulto e revezar o lado da respiração para saber o que está acontecendo na prova, ou simplesmente para fugir do cotovelo do atleta do lado!
- Pernada: não é a hora do treino para conversar! Você deve se concentrar e dar muita importância. Será ela que vai fazer a diferença na boia, na largada e para largar algum atleta.
- Treino de braço: a dica para o Ironman, onde se nada de roupa de borracha, é o treinamento de braço. Nadar com o pullboy simula o que acontece com o uso da roupa de borracha, você irá flutuar mais e usar mais o braço. Ele disse que pré-Iron chega a fazer até série inteira com pullboy. #Ficaadica
- Bike FIT: a primeira pergunta que o Ezequiel fez quando acabamos o aquecimento foi: “Quem já fez bike fit?” metade dos atletas levantaram as mãos. A outra, levou uma mijada com a pergunta: “porque ainda não fizeram?”. Pois é, não sei! Mas a dica dele é: faça uma vez, ele fez em 1998 e já mudou várias vezes de bike, mas nunca mais fez um bike fit, e a posição continua sempre a mesma! Você não vai mais crescer!
- RPM: a segunda pergunta foi: “Porque aqueceram com o volantão?” – estavam todos os atletas em volantão. Tirando sarro ele falou que triatleta aquece, treina, solta e guarda a bike no volantão! rsrsrsr Pois é, a tendência dos triatletas é pedalar travado, mas principalmente em prova onde há transição para a corrida o seu quadril/bacia deve estar solto para você correr com mais facilidade. Não, não é para você competir no volantinho, é para você girar mais!
- Medidor de potência: Ele defende e incentiva o uso. O seu desgaste será mais linear com o controle de potência ( velocidade X força) – #Wishlist
- Câmbio Eletrônico: O “brinquedinho”da moda! Principalmente para subidas facilita a troca de marcha, pela possibilidade de poder trocar tanto no guidão como no clip. #Wishlist2
- Coroa Oval: Ainda não pode falar com propriedade pois está há apenas um mês utilizando. Mas sentiu uma diferença no final do treino da musculatura com menos dor.
- Pneu clincher X tubular: Clincher!
- Par de rodas ideal: (para o Ironman) Frente Zipp 404 e traseira Zipp 808
- Principais marcas do mercado: Trek, Cevélo, BMC e Specialized. Estas ele disse que são marcas referência por realmente investir em pesquisa e tecnologia. O restante, segundo ele, é imitação!
- Treinar com bike Speed ou Contra relógio? Treino de tiro e o longo da semana com contra-relógio. O restante com Speed. – Sugestão!
- Capacete aero: Não é fundamental, se o capacete começar a te apertar e esquentar a sua cabeça na prova não vai valer a pena. Vale competir com um capacete normal e garantir o conforto, a ventilação e conseguir pensar! srsrsrs Ele deu vários exemplos de atletas que não utilizam.
Luca Glaser
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