Ironman Kona por Ciça Carvalho
Quem conta sobre o Hawaii esta semana é a Ciça Carvalho! Não conheço ela pessoalmente, mas vamos nos conhecer lá em Kona! A mosntrinha fez o IM Brasil ano passado para 10h22 e na sua estréia conseguiu a vaga para Kona. Foi revelação do ano e destruiu a Big Island com tempo sub11h! Semana passada a Ciça confirmou a sua vaga DE NOVO para o mundial! Aiiiiii mais uma fera na minha categoria, mas uma mega inspiração!
Obrigada por contar um pouquinho da sua experiência Ciça, pelos relatos já da para sentir a sua vibe de treino, treino e mais treino! E vou mentalizar o seu lema, quanto mais difícil melhor! (só que não)
Obrigada por contar um pouquinho da sua experiência Ciça, pelos relatos já da para sentir a sua vibe de treino, treino e mais treino! E vou mentalizar o seu lema, quanto mais difícil melhor! (só que não)
Atleta: Maria Cecília Carvalho (Ciça Carvalho)
Idade: 22 anos
Em que ano participou do mundial de Ironman? 2012 (e ela vai de novo em 2013!)
Em qual Ironman conseguiu a vaga? Brasil
Com qual tempo você se classificou para KONA? 10h22
Quantos Ironmans você fez até conseguir a vaga? Consegui no meu primeiro
Como foi a conquista da vaga? A minha expectativa para o Ironman Brasil 2012 era enorme, afinal aquela seria a minha estréia na distância e também a realização de um sonho. Eu sempre quis completar um ironman, desde quando iniciei no esporte 3 anos antes. Com o tempo e alguns bons resultados que eu fui obtendo comecei a sonhar mais alto e eu tinha confiança que um dia competiria no mundial em Kona.
Eu fiz uma ótima prova em Floripa, bem encaixada e dentro dos parâmetros que treinei, sem surpresas. Consegui me sentir bem e curtir a prova, ja que havia treinado direitinho e estava preparada para o grande dia. A vaga foi a “cereja do bolo”, na última volta eu percebi que estava com ela nas minhas mãos, mas não poderia afroxar o ritmo, levo sempre isso comigo, só acaba quando termina. A linha de chegada vai ser sempre inesquecível, foi a primeira vez que a minha família me viu competir. Sem dúvida um dos dias mais felizes pra mim no esporte até hoje.
Eu fiz uma ótima prova em Floripa, bem encaixada e dentro dos parâmetros que treinei, sem surpresas. Consegui me sentir bem e curtir a prova, ja que havia treinado direitinho e estava preparada para o grande dia. A vaga foi a “cereja do bolo”, na última volta eu percebi que estava com ela nas minhas mãos, mas não poderia afroxar o ritmo, levo sempre isso comigo, só acaba quando termina. A linha de chegada vai ser sempre inesquecível, foi a primeira vez que a minha família me viu competir. Sem dúvida um dos dias mais felizes pra mim no esporte até hoje.
E como foi a preparação para KONA? Eu mudei um pouco a minha preparação, treinei mais. Ja não era mais o meu primeiro Ironman, eu queria treinar mais e mais rsrsrs (adoro treinar). Eu passei o mês de julho estudando em Boston e lá aproveitei pra treinar em pleno verão e aproveitei para fazer o 70.3 Rhode Island como preparação.
Cinco semanas antes de Kona eu competi no Mundial de Ironman 70.3 em Las Vegas, acabou servindo como preparação pela dificuldade de temperatura, mas foi uma prova muito dura, era meu objetivo do semestre também, então não economizei nada. Descansei pouco e voltei a treinar, na preparação pra Kona eu priorizei treinos de bike com altimetría variada e alta temperatura, o mesmo vale para os treinos longos de corrida. Eu também tentei fazer alguns treinos no vento com rodas de perfil alto para minimizar esse problema na prova, mas é complicado simular o que acontece na Big Island rsrsrs.
Cinco semanas antes de Kona eu competi no Mundial de Ironman 70.3 em Las Vegas, acabou servindo como preparação pela dificuldade de temperatura, mas foi uma prova muito dura, era meu objetivo do semestre também, então não economizei nada. Descansei pouco e voltei a treinar, na preparação pra Kona eu priorizei treinos de bike com altimetría variada e alta temperatura, o mesmo vale para os treinos longos de corrida. Eu também tentei fazer alguns treinos no vento com rodas de perfil alto para minimizar esse problema na prova, mas é complicado simular o que acontece na Big Island rsrsrs.
A viagem: Eu passei 8 dias em Kona, cheguei no domingo que antecede o evento e saí na segunda feira pós prova. O clima da Alii Drive é incrível! Aquele lugar respira triathlon e está cercado por centenas de grandes atletas, fazer parte dessa festa toda é uma honra para nós apaixonados pelo esporte.
É importante fazer alguns treinos por lá para se adaptar e até recuperar da longa viagem. A natação saindo do pier é fantástica, vale fazer várias vezes. O pedal eu fiz primeiro na Queen K, e depois peguei um dia com o meu pai e fomos de carro pro Hawi, lá eu pedalei até o famoso retorno de 90k e até a entrada para a Queen K novamente. Eu queria sentir o vento lateral e não ser surpreendida na prova, porém no dia da prova o vento parecia 10x pior rsrsrs. De qualquer forma, vale conhecer.
Já a corrida tive uma lesão que me impediu de correr dias antes da prova, então acabei não treinando corrida por lá, mas se puder faça umas corridinhas, eu fiquei na vontade rsrs.
Alem do clima de triathlon e treinos, os acompanhates tem muito a aproveitar também. As paisagens do Havaí são lindas e o espírito Ironman é contagiante!
É importante fazer alguns treinos por lá para se adaptar e até recuperar da longa viagem. A natação saindo do pier é fantástica, vale fazer várias vezes. O pedal eu fiz primeiro na Queen K, e depois peguei um dia com o meu pai e fomos de carro pro Hawi, lá eu pedalei até o famoso retorno de 90k e até a entrada para a Queen K novamente. Eu queria sentir o vento lateral e não ser surpreendida na prova, porém no dia da prova o vento parecia 10x pior rsrsrs. De qualquer forma, vale conhecer.
Já a corrida tive uma lesão que me impediu de correr dias antes da prova, então acabei não treinando corrida por lá, mas se puder faça umas corridinhas, eu fiquei na vontade rsrs.
Alem do clima de triathlon e treinos, os acompanhates tem muito a aproveitar também. As paisagens do Havaí são lindas e o espírito Ironman é contagiante!
A prova: A prova é muito legal! Eu particularmente gosto de provas duras rsrsrs, e essa é uma delas com certeza! Para mim o momento alto da prova foi a entrada na água e as braçadas até a largada. Eu entrei faltando uns 5 minutos e consegui me posicionar bem. A largada é emocionante. É literalmente um mar de gente, a parte boa é que vc não vai ter muita dificuldade de orientação, é só seguir o fluxo que quando você vê ta saindo da água e seguindo para o pedal. O ciclismo em Kona na minha opinião é a etapa mais difícil da prova. O início é plano e rápido, por volta do km 75 as coisas começam a mudar, é quando se inicia a famosa subida que segue até o retorno dos 90k. Lá o vento é terrível, principalmente o lateral, eu não conseguia pedalar, só foquei em me concentrar para não ser levada pelo vento e fazer o retorno. Aí você tem uma boa descida mas ainda bastante vento. Faltando 60k para a T2 você volta para Queen K e lá segue até o final. Nesse ponto o bicho pega!! O vento é absurdo, dessa vez não é lateral, mas frontal. Concentração é essencial para que você não deixe sua cabeça quebrar!! São 60k fazendo força e andando devagar. Mas a dificuldade é para todos. Na T2 você é tratado com rei (ou rainha), são 3 staffs por atleta, só falta correrem por você. Muito legal! A saída para corrida é empolgante, muita torcida e o asfalto todo desenhado em giz. O público segue presente até quase metade da etapa, que ocorre na Alii Drive. Depois disso é estrada até o Energy Lab onde está o retorno dos 30k, aí é só voltar! Eu gosto bastante da parte de “estradão” da corrida, é um convite à concentração, pois sem ela, naquele sol, você não segue.
Concluindo, é uma corrida difícil, mas nada de outro mundo, é só uma questão de concentração, e a chegada é emocionante, indescritível! Devido à minha lesão eu sentí muita dor na corrida, principalmente na segunda metade se não tivesse me concentrado eu teria parado, caminhado.. Ao contrário eu segui dando o meu melhor até o final para minimizar a limitação da lesão. Eu adorei o percurso da corrida, gostaria muito de correr lá sem dor (de lesão). A chegada é emocionante, indescritível, a realização de um sonho e um gostinho de quero mais! Rsrsrs.
Concluindo, é uma corrida difícil, mas nada de outro mundo, é só uma questão de concentração, e a chegada é emocionante, indescritível! Devido à minha lesão eu sentí muita dor na corrida, principalmente na segunda metade se não tivesse me concentrado eu teria parado, caminhado.. Ao contrário eu segui dando o meu melhor até o final para minimizar a limitação da lesão. Eu adorei o percurso da corrida, gostaria muito de correr lá sem dor (de lesão). A chegada é emocionante, indescritível, a realização de um sonho e um gostinho de quero mais! Rsrsrs.
Dica para os estreantes na Big Island: Treinar muito, só cuidado para não passar do ponto e chegar lesionada no grande dia. A prova é espetacular e especialmente exigente! Esteja preparada tranquila para curtir ao máximo. A minha dica é focar os treinos de bike sem vácuo e com bastante vento na cabeça, e as corridas longas em altimetrías variadas. Em termos de nutrição eu me adapto muito bem ao sal, isotônicos e coca na corrida e gels quando necessário. No pedal ajuste a sua nutrição para isôtonicos que você vai receber nos aid stations, até porque a sua bebida logo vai ficar quente e vai ter que descartar.
De resto é só curtir muito essa semana única no ano! É a reunião da nata do triathlon mundial de longa distancia. Somos privilegiadas por fazermos parte disso tudo.
Bons treinos e boa diversão!
De resto é só curtir muito essa semana única no ano! É a reunião da nata do triathlon mundial de longa distancia. Somos privilegiadas por fazermos parte disso tudo.
Bons treinos e boa diversão!
#8semanas
Luca Glaser
Blog sobre triathlon de uma triatleta, Ironwoman, em busca de desafios.
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1 Comment
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Cica Carvalho e Luca Glaser represent am o melhor da nova geracao do triathlon. Parabens !!!!