Não existe esporte individual
Estou acompanhando as Olímpiadas da maneira que eu consigo. No trabalho fico com uma janela aberta e em casa vou direto para a TV.
E o que mais me arrepiei e a me chamou a atenção são as comemorações. Fico só observando a reação de cada atleta com um recorde, uma vitória ou até mesmo com a tão sonhada medalha (seja ela de ouro, bronze ou prata).
Confesso que são poucas as comemorações dos atletas que me comovem, lógico o choro da Rafaela Silva fez cair uma lárgima dos meus olhos. A superioridade do Michael Phelps me deixou decepcionada por poucos segundos, mas ele é o cara e tem todo o direito de se achar o Deus da Piscina.
Mas o que mais me deixa arrepiada, que me faz chorar de verdade são as reações dos técnicos. Meus Deus! É nítido ver a parceria e união, saber que realmente o técnico faz parte da história. Ver o Bernardinho em ação é até fácil, esporte coletivo, motivação de equipe e os conselhos dentro da quadra.
Agora pensa no técnico de natação, que viveu o ciclo olímpico com a atleta, que viu cada esforço, que viveu momentos bons e não tão bons, que conhece todo o bastidor do recorde, da medalha ou da simples superação pessoal. E tá lá na arquibancada, de mãos atadas só observando o show.
O técnico da nadadora Katinka Hosszu ganhou a cena.
Com essa comemoração com certeza a gente sabe que o trabalho foi duro, que a atleta realmente merecia o feito. A vibração e comemoração do técnico (e no caso, marido) arrepia. E por isso que eu digo que não existe esporte individual. A Katinka, olhou pro técnico e ai sim começou a comemorar, acredito que ali ele deu a confiança que ela realmente tinha feito o que era para ser feito.
Alias, quem nunca fez um tiro, mesmo saindo tempo bom, você da aquela olhadinha pro técnico e fica esperando a “aprovação” dele.
Esse relacionamento é uma via de mão dupla, mas quando a sintonia acontece com certeza a comemoração deve ser como a desses dois.
Recado olímpico do dia!
😉
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Luca Glaser
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3 Comments
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Concordo totalmente com tudo! Só fico triste no caso da Katinka pq acho mto improvavel que ela nã seja dopada.. Quem nada sabe o quanto 1 segundo faz diferença na natação… No nível profissional então cada milésimo já é muita diferença! Aí ver uma atleta bater o WR, que ja era dela, por 2 segundos e deixar a segunda colocada 4 segundos pra trás num 400 medley, acho muito fora da realidade! Seria muito legal ter assistir natação com a certeza de que todo mundo compete limpo e poder comemorar vitórias (sem duvida) legitimas!
Falou tudo Luca!!! Meu Coach é meu marido e a confiança que tenho nele não como marido e sim como treinador me faz ter a certeza de estar no caminho certo, e quando concluo uma prova é do olhar dele que preciso para saber se foi ou não uma boa prova e essa sintonia me faz sair do status do Triathlon um esporte individual. Assistindo e vendo a Katinka impossível não se emocionar fora do normal como ver o Phelps o cara é o cara.
Nossa que maximo!!!! delicia Juliana!