O resgate da disciplina
Quando eu terminei o Ironman Brasil na euforia da vaga para Kona achei que não iria parar de treinar, que o embalo iria continuar e não iria cansar nunca. Mas passou rapidinho, a primeira semana nem descer escada eu conseguia, quem diria pensar em treinar. Foi um mêS sem compromisso. A brincadeira de 4 semanas, resultou +4kg na balança, simples assim. Nem pisei na jaca tanto o quanto os 4kg realmente representou, mas eles estavam lá registrados.
Comecei a treinar para Kona 01 de julho, me arrastando e lutando contra o inverno Curitibano. Foi difícil. A planilha de pedal que é a mais difícil, eu fiz 60% e olha lá. Senti na prova falta disso, mas foi falha minha.
Voltando de Kona voltei na mesma empolgação, a mil! Diferente do um mês, fiquei 15 dias relax, e já voltei a ativa. Primeiro natação, depois corrida, agora falta acertar a alimentação e o pedal! Aiii o pedal!
Eu não consigo fechar a planilha do pedal, tudo por conta de terça e quinta que o despertador toca 5h50 e eu não consigo vencer a cama. Nos finais de semana eu dou um jeito e sai o treino completo, mas terça e quinta…
Este final de semana foi o marco da vez. Mesmo no sábado não consegui sair para o treino de transição com a equipe, acabei aproveitando o sábado para dormir, acordei 10h30. Um super sol já me deixou arrependida, me arrumei rápido e fui para o clube, direto para a piscina para tirar as marcas que ficaram de Kona. (marca de shorts ninguém merece né?) 2h de sol para eu ir para a academia. Sim, fiz treino indoor com um super sol la fora. 2x 30’de spinning + 30’de corrida. Passei a tarde inteira no clube fazendo o que eu gosto.
Triathlon – sol + bike + corrida |
Acompanhada de um boa musica, mesmo com a academia morta, fiquei super feliz, satisfeita e disposta a retomar a disciplina.
Comecei já no domingo. Sábado depois do meu intensivo no clube, tinha um aniversário da minha amiga, espumante, barreado acabei chegando as 2h da manhã em casa. O despertador programado para 06h10 me amedrontava porque eu não queria perder o treino por nada e sabia que seria muiiiito difícil levantar com apenas 4h de sono. GENTE! Pulei da cama, super feliz e disposta a ir pedalando para a praia, almoçar com a minha equipe e dar uma nadadinha no mar. É DISSO QUE EU TÔ FALANDO.
Eu e os malucos que me levaram de Curitiba para a Praia! |
As vezes precisamos ser flexíveis com os nossos planos, parar e por prioridades nas coisas.
Resumindo no final de semana eu dormi, comi, bebi, treinei, tomei sol, sai com as minhas amigas e fiz um super treino, QUERO MAIS O QUE?
Terminei o final de semana morta na paçoca mas feliz! |
Que segunda comece no ritmo, vou fazer de tudo para começar a semana cedo no Parque Barigui com uma corridinha regenerativa só para acordar o corpo!
Quis escrever isso, porque muita gente acha que temos disposição 100% que treinar sempre é fácil e que a vida é uma maravilha. NÃO É. Eu gosto de comer, gosto de dormir, acordo com preguiça, MAS eu vivo e amo o triathlon e ele vai fazer parte da minha vida para todo o sempre, então eu tenho que me virar no trinta para que tudo tenha o seu espaço, que meus objetivos sejam alcançados e que eu continue FELIZ!
Luca Glaser
Blog sobre triathlon de uma triatleta, Ironwoman, em busca de desafios.
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