Conheci a Ana Elisa, no CONATRI, congresso nacional de triathlon online, que aconteceu em  2015. Ela foi a sortuda que levou o sorteio do tênis da PUMA!
Depois de 2 anos, tive o prazer de conhece-la pessoalmente no Sesc Triathlon Caiobá, por incrível que pareça, a estreia dela em provas de triathlon!
Achei muito bacana ouvir que meu video no CONATRI encorajou ela a entrar para  triathlon, porque diferente do que parece eu passei um lado do Triathlon menos “ostentação” e mais viável. E acho que é bem por aí, o triathlon é sim um esporte viável para todos.
Aproveitei esse encontro e pedi para ela contar um pouquinho da história dela para talvez, encorajar mais alguém a se jogar nesse mundo!
1.     Quando você começou a treinar pensando em Triathlon e o que te motivou a isso?
Fazer triathlon era um sonho antigo. Eu nadava desde criança. Sempre curti fazer spinning na academia e correr era hobby. Cheguei a participar de alguns eventos de triathlon indoor na academia, mas sempre soube que queria fazer triathlon “de verdade”: nadar no mar, pedalar na estrada e depois sair para correr na rua. Mas na minha cabeça a logística para o esporte era muito complicada, tanto em termos de tempo para treinamento, como financeiramente. Sem contar a parte do ciclismo que sempre guardei receio pelo risco de acidentes. O tempo foi passando e eu guardando essa vontade de fazer triathlon para “um dia da minha vida”. Então, me inscrevi para o CONATRI, um congresso online sobre triathlon. Ali comecei a ver o esporte com outros olhos e sem dúvida, o seu vídeo em que você falava que tinha começado no triathlon de criança, fez o esporte parecer “menos complicado” aos meus olhos e na minha cabeça…rsrs Então, comecei a seguir a turma do triathlon nas redes sociais e fui criando coragem para encarar o esporte de vez. Dei o primeiro passo comprando uma bike usada para perder o medo de pedalar em outubro de 2016.
2.     Como foi a preparação para a sua primeira prova?
A preparação para a minha primeira prova foi marcada pelo “aprender a andar de bike”. Comecei andando 5 km numa velocidade inferior ao meu pace na corrida. Mas com o apoio do meu esposo, que até comprou uma bike para pedalar comigo, comecei a ganhar segurança e evoluir no ciclismo. No começo de 2017 já estava andando 30km na estrada em cerca de 1h15min, para mim, uma vitória já! Como iria fazer uma prova curta no triathlon, continuei com os treinos de natação e corrida que já fazia, além do pilates e musculação uma vez na semana. Mas sem dúvida a ansiedade estava maior nesse período…
3.     Porque escolheu o Sesc Triathlon Ciobá para estrear?
Gostei da sua dica sobre a prova: me pareceu um evento bem inclusivo para quem queria começar. O preço acessível sem dúvida foi um fator importante. Já conhecia a organização do Sesc para outros eventos e acreditei que no Triathlon não seria diferente. A praia de Caiobá, apesar de eu morar no estado de São Paulo, sempre me agradou, também. Inclusive foi onde eu entrei no mar pela primeira vez ainda bebê.
4.     O que achou da experiência, conte um pouco da sua prova!
Foi sensacional. Obrigada Luca pelas #tridicas!!!
Eu estava ansiosa para tudo antes de começar. Tinha medo de ter câimbra no mar, cair da bike, o pneu furar… afinal, falhar na tentativa de concluir um triathlon, meu sonho antigo.
Cheguei em Caiobá com o tempo fechado. Chuva e temperatura na casa dos 20 graus. Estava inconformada, que tinha rodado 700 km de carro para chegar na praia e não ver o sol. Tinha saído de um calor de 35º. Olhava pro céu e na tela do celular na expectativa de ver uma previsão de “sol entre nuvens”, pelo menos. Mas, nada. Sábado, no dia do congresso técnico, vi a sala lotada o pessoal super empolgado para a prova, parecia que só eu estava com medo do “frio” e da chuva. Então, se ninguém ligava, também resolvi não ligar…rsrs
Acordei domingo para a prova, chovendo. Antes da largada, meu corpo tremia de frio. Mas desistir não era uma opção. Lembrei de um post seu que falava de ficar com a meia no pé antes de largar para a natação. Fiz isso. O pé ficou menos frio na areia gelada e molhada e afastou meu medo de câimbra. A minha foi a 8ª largada, às 7h28. Quando ouvi a sirene, corri em direção ao mar e quando mergulhei, todo meu medo foi embora. Não senti mais frio. Foi uma sensação indescritível de encorajamento. Fui nadando para cumprir o contorno das boias e então, já estava de volta na areia. Ali estava para começar o meu maior desafio. Sabia que se conseguisse vencer os 20 km da bike, terminaria a prova. Sai da água melhor que eu imaginei. Deixei a maioria das meninas da minha largada para trás. Mas só me dei conta disso quando comecei  pedalar e vi muita mulher me ultrapassando…rsrs Como a chuva não deu trégua e eu não conhecia o percurso, optei por fazer um pedal mais cauteloso, sem forçar para garantir que eu iria terminar a prova. A cada km eu agradecia a oportunidade de estar ali, realizando um sonho. No km 19 meu coração já explodia de alegria, se naquela altura o pneu furasse, eu empurraria a bike para acabar a prova. Mas, deu tudo certo!!! Guardei a bike, fiz a transição bem tranquila, sem me preocupar com o tempo, sem afobação e então, saí para correr feliz. Como pedalei de tênis (a sapatilha vai entrar somente na minha próxima fase de triathlon…) foi só guardar o capacete e colocar a viseira. Na saída da corrida, vi meu esposo na área de transição e logo em seguida, minha mãe acenando para mim da arquibancada. Ambos traziam no rosto uma expressão de felicidade e alívio de me ver ali saindo para correr, pois sabiam do meu receio na bike e que se eu chegasse na corrida, terminaria a prova. E assim, foi! Uma corrida de comemoração por finalmente ter tido coragem de enfrentar meus medos e realizar um sonho antigo de ser triatleta! Amei a estrutura do Sesc Triathlon Caiobá, super indico para quem quer começar, clima de festa mesmo. Foi uma escolha perfeita!
 
5. E agora, pronta para o próximo?
Antes de começar a prova pensei: “porque eu me inscrevi”? Acordar de madrugada, ficar tomando chuva, passando frio… Quando eu terminei, me perguntei, quando é o próximo? Ainda estou vivendo a adrenalina de ter feito a prova. Terminei inteira e feliz e com muita vontade de encarar outras provas e já pensando em me aventurar em uma distância um pouco maior no futuro. Mas, tudo ao seu tempo e um desafio por vez!
ANA! Adorei acompanhar essa sua estreia, obrigada você por essa experiência. Acredito que essa é a essência do esporte. Te desejo vida longo no nada, pedala,corre e espero encontra-la em breve (com o marido) largadando em mais uma prova!
Beijos e um super parabéns pela contuista!